
O julgamento em segunda instância do chamado processo do tríplex, marcado para o dia 24 de janeiro, foi transferido de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.A mudança de local foi anunciada hoje pela manhã pela 8ª Turma do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com o objetivo de dar maior
conforto e segurança aos milhões de manifestantes que vão às ruas,
contra ou a favor do ex-presidente.
O julgamento pode determinar a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2018. A Prefeitura de Timbaúba dos Batistas já está tomando providências
para garantir segurança e conforto aos manifestantes, inclusive
preparando a área verde e arborizada na entrada da cidade com
infra-estrutura de água encanada e instalação de banheiros químicos. Há a possibilidade, inclusive, de realização de uma Corrida do Jegue
fora de época para proporcionar diversão e lazer aos manifestantes,
antes da decisão judicial prevista para o dia 24 de janeiro.
A Associação das Bordadeiras deve organizar uma exposição e a
Prefeitura prepara uma Feira -Mix para os dias que antecedem o
julgamento com programação eclética, incluindo show da cantora Pablo
Vittar.
CONDENAÇÃO – Em julho, Lula foi condenado a 9 anos e meio de prisão
em primeira instância pelo juiz Sergio Moro, pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. O caso foi incluído na pauta da 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional
Federal da 4ª Região), sediado em Porto Alegre, pelo desembargador
Leandro Paulsen, que preside o colegiado. Formada por três desembargadores, a turma é responsável por analisar
em segunda instância os processos da Operação Lava Jato julgados por
Moro. Segundo a Lei da Ficha Limpa, uma condenação criminal por um órgão
colegiado, como é o caso da turma do TRF-4, torna um candidato
inelegível. A lei foi sancionada pelo próprio ex-presidente Lula em 2010.
Caso o tribunal decida adotar o entendimento do STF que permite a
execução da pena a partir da segunda instância, o ex-presidente pode até
mesmo ser preso depois de esgotados os recursos na corte de Porto
Alegre. Segundo a sentença de Moro, o ex-presidente recebeu um total de R$
2,2 milhões em propina da construtora OAS na forma de um tríplex no
Guarujá (SP) e das reformas feitas no imóvel em decorrência do cargo de
presidente da República.
A defesa do ex-presidente afirma que foram ignoradas “evidências
esmagadoras de inocência” e que não há provas dos crimes citados na
sentença.
Em tempo: O blogue o Bar de Ferreirinha é cômico e editado pelos jornalistas Carlos Roberto Fontes e Clóvis Pereira. São postagens cômicas e divertidas.
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